Psiquiatria na Atualidade

Quando se fala em Psiquiatria, logo vem à mente o conceito popular de “loucura”, “remédio pesado” ou até mesmo camisa de força. Saiba que este estigma, ainda comum, acaba por trazer prejuízo à vida de muitas pessoas. Mas a Psiquiatria não é isso, e hoje vamos esclarecer alguns pontos e derrubar alguns mitos sobre ela. 

Quem é o Psiquiatra e qual sua função? 
Esse profissional é o médico especialista no diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais e comportamentais. Por meio da consulta, identificamos sintomas decorrentes de algum transtorno mental e que, muitas vezes, vinham sendo confundidos como cansaço do trabalho, falta de lazer, fraqueza moral ou falta de fé, por exemplo. 

Quais sintomas demonstram que algo não está bem e que precisam ser avaliados? E qual a idade para ir ao Psiquiatra? 
Existe uma infinidade de sintomas, portanto, listarei alguns que são comumente vistos no consultório: angústia frequente; tristeza durante a maior parte do tempo; falta de prazer sem razão aparente; pensamentos de inutilidade ou suicidas; desejo ou comportamento de automutilação (se machucar propositadamente); ansiedade que prejudica o bem-estar, trabalho ou o convívio social; irritabilidade intensa; insônia; pensamentos obsessivos; desatenção que causa prejuízo; uso excessivo de bebida alcoólica, cigarro ou drogas; transtornos alimentares (comer excessivamente, provocar vômitos ou se alimentar menos do que deveria); alucinações e delírios. Os sintomas aqui citados estão presentes em diversos tipos de transtornos, por isso, devem ser avaliados pelo Psiquiatra para se formular o diagnóstico correto e prescrever o melhor tratamento. O acompanhamento psiquiátrico, quando necessário, contempla desde as crianças até os idosos. É importante ter a consciência de que nem sempre estamos bem, e o apoio do profissional adequado acelera nosso fortalecimento e contribui para o restabelecimento da saúde mental. 

Como é a consulta com um Psiquiatra? 
É muito parecida com outras consultas médicas. Nela, através da entrevista clínica, será investigada a queixa principal, comportamento pessoal, funcionamento familiar, histórico pessoal clínico (incluindo informações de outras especialidades, tratamentos de saúde que já foram feitos, quais as medicações em uso, histórico de cirurgia, etc.) e histórico familiar. Muitas vezes complementamos a avaliação com exames que nos auxiliam no descarte de problema clínico que justifique os sintomas apresentados (por exemplo, uma pessoa que se encontra deprimida devido a uma deficiência hormonal ou carência de vitamina). 

Obrigatoriamente tenho que usar medicação? Vou ficar sonolento? Tenho que usar a medicação para o resto da vida? Vou ficar dependente do remédio? 
Estas perguntas são muito frequentes quando se fala em consulta psiquiátrica. Alguns casos podem ser tratados sem medicação; em outros a medicação mostra-se necessária. O intuito do tratamento é trazer a melhor qualidade de vida possível, portanto, caso ocorra sonolência, converse com seu médico para avaliar qual a melhor medida a ser tomada (redução da dose ou troca do medicamento, por exemplo). Nem todo tratamento psiquiátrico é por toda vida; alguns transtornos podem utilizar a medicação por um determinado período, já outros, necessitam de tratamento contínuo. Os medicamentos que, eventualmente, podem causar dependência, são a minoria e, quando bem indicados e usados de maneira correta, não causam dependência! Por isso, o acompanhamento psiquiátrico frequente é fundamental. Através dele conseguimos sanar as dúvidas que surgem e fazer os ajustes necessários para o bem-estar e segurança do paciente. 

O tratamento somente com medicação é suficiente? 
Muitas vezes não! O tratamento multidisciplinar é importante e a maioria dos pacientes se beneficia dele. Áreas como a Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Pedagogia, Fonoaudiologia, entre outras, podem ser indicadas. Cada caso deve ser avaliado para se observar qual ou quais profissionais podem contribuir. 

Dicas para ajudar a ter uma boa consulta médica 
• Tenha anotado os remédios que está em uso (nome, dose e número de vezes que usa no dia), bem como se algum lhe fez mal no passado; 
• Leve os exames mais recentes; 
• Se necessário, vá acompanhado por algum responsável; 
• Caso não possa comparecer, avise com antecedência. Outra pessoa pode estar precisando da consulta e será atendida antes. 

Marco Antonio Nery dos Passos Martins – Psiquiatra
CRM-PR 35.575 / RQE-PR 24.807 

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