De acordo com as estatísticas anuais da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) o procedimento de mamoplastia com implantes mamários de silicone foi novamente o vencedor, com cerca de 313.000 pacientes operadas em 2018. Trata-se de uma cirurgia eletiva – ou seja, a decisão de quando fazer é programada! Por essa razão e para reduzir as chances de complicações no pós-operatório, é importante adotar algumas precauções.

Qual a melhor técnica de cirurgia?

Isso não existe! Uma paciente que esteja em boas condições de saúde e tenha tecido mamário de boa qualidade e com características anatômicas favoráveis na região torácica, reúne as condições ideais para esse tipo de operação. No entanto, como cada paciente tem seu próprio código genético e expectativas muito distintas sobre o que deseja com a cirurgia, o planejamento de cada caso deve ser individualizado. Igualmente uma pessoa pode ser mais tolerante a cicatrizes que outra. Por exemplo: uma paciente que já teve gestações, geralmente, tem o tecido mamário atrófico e a pele mais flácida que uma paciente sem filhos, e nesse caso pode obter um resultado de melhor qualidade se optar por uma mastopexia de aumento.

Durante a consulta, o paciente receberá recomendações e informações sobre o seu planejamento cirúrgico com detalhes. Não existe um único caminho a seguir. Não existe um modelo de cirurgia única e perfeita. Cada técnica apresenta vantagens e desvantagens. Assim, nesse momento o cirurgião torna-se um conselheiro explicando e ajudando a decidir o que é o melhor para cada caso em particular.

Como escolher o implante certo?

Uma decisão desafiadora neste tipo de cirurgia é a escolha do implante adequado levando-se em conta os objetivos específicos e a anatomia das mamas. Combinar diâmetro da base mamária com diâmetro dos implantes é um fator muito importante para o sucesso da operação.

O implante “volume”, ou CCs, é uma consideração importante. Alguns pacientes podem ser influenciados por amigos que tenham implantes sem conhecer o perfil específico, preenchimento, concha, anatomia pré-operatória ou outros procedimentos simultâneos que possam ter sido realizados. É por isso que a consulta com seu cirurgião plástico é tão importante para fazer uma escolha apropriada, baseada em seus objetivos (“natural” ou “vistosa”) e sua anatomia.

Tenha em mente que implantes de volume maior distendem mais os tecidos e acaba “laceando” mais a pele, provocando, na maioria dos casos, uma maior flacidez no longo prazo. Ainda assim, na hora da cirurgia, o tamanho é novamente verificado, especialmente quando existe uma assimetria maior ou alguma deformidade no tórax.

A colocação dos implantes acima ou abaixo do músculo é uma decisão baseada, também, em variáveis técnicas analisadas durante a consulta médica. Ao contrário do que muita gente imagina, não é verdade que a colocação dos implantes em plano abaixo do músculo faz com que as mamas não caiam mais. Novamente, não existe um método ideal e sim aquilo que melhor se adéqua à necessidade e expectativa de cada paciente.

Quais as principais medidas para evitar complicações?

Diversos estudos científicos provam que a manipulação mínima dos implantes com a utilização do funil de Keller, incisão no sulco inframamário para evitar o contato com ductos mamários e irrigação da loja do implante com solução antimicrobiana reduzem as chances de contaminação bacteriana e de contratura capsular.

É a decisão certa pra mim?

A boa comunicação entre paciente e médico é a chave para o sucesso da operação e diminuir os riscos de complicações. Faça uma consulta médica com hora marcada com um profissional com experiência e não busque informações com terceiros e em grupos de mídias sociais. Lembre-se de fazer uma lista com todas as suas dúvidas. Dessa maneira, você poderá fazer sua cirurgia com segurança e aproveitar muito bem seu novo visual.

Dr. João Manoel Moreira

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Cirurgião Plástico

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